A Insuficiência Venosa Crônica (IVC) deve afetar até 33% das mulheres e 20% dos homens. O dado, divulgado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular de São Paulo (SBACVSP). Um dos principais fatores que predispõe a desenvolver a doença é a presença de varizes. A estimativa é de que entre 3% e 11% da população com veias dilatadas nas pernas desenvolvem IVC.
A Insuficiência provoca alterações difíceis de se reverter na pele da região afetada. Elas vão desde o escurecimento, à descamação e ressecamento do órgão. Associado a esses sinais, estão sintomas como dor, queimação e inchaço. Pode em casos mais avançados surgir feridas nas pernas que demoram a cicatrizar, reduzindo assim exponencialmente a qualidade de vida do paciente.
A Insuficiência Venosa Crônica está ligada a todo tipo de varizes?
É muito comum acreditar que um quadro crônico e evolutivo como esse surja somente em quem apresenta varizes de maior calibre. Isso, porém, não é totalmente verdade. Existe, sim, chance de somente quem possui telangiectasias (vasinhos) nas pernas também sofrer com sintomas como dor e desconforto com o passar do tempo. Ou seja, por menor que pareça o problema de varizes, é melhor estar atento a ele
Mas só isso não será o suficiente, caso alguns fatores de risco não sejam igualmente combatidos, a começar pela obesidade. O peso acima do recomendado exige mais do sistema venoso, favorecendo a dilatação das veias.
O sedentarismo também não faz bem para quem tem varizes. A circulação das pernas depende do movimento muscular, especialmente da panturrilha (batata da perna), dita por muitos como sendo nosso “segundo coração”. Em contra partida, pessoas tambem que possuem uma rotina que exija grande tempo em pé, pode contribui para o surgimento das varizes, por uma sobrecarga desse sistema venoso.
Da mesma forma, é preciso ter cuidado com os anticoncepcionais. Os hormônios contidos no medicamento podem enfraquecer as paredes das veias e facilitar a formação das varizes.
Evitar ficar muito tempo em pé ou sentado na mesma posição é outra recomendação para evitar as varizes e, consequentemente, manter a Insuficiência Venosa Crônica longe.
No exame clínico, o cirurgião vascular já consegue confirmar a existência das varizes. Depois disso, o próximo passo é identificar o que deu origem a elas para definir qual será o tratamento.
Essa etapa inicial é importante porque são as varizes que propiciam o surgimento da Insuficiência Venosa Profunda. Tratá-las significa que há uma grande chance de a condição não se instalar.
Os tratamentos mais recomendados são a cirurgia e a escleroterapia. O sucesso de qualquer um deles, porém, depende das condições clínicas da paciente. Por exemplo, da boa ou má cicatrização.
De qualquer forma, a melhor opção é sempre buscar tratamento para as varizes, caso contrário, é provável que a situação piore e um tratamento mais invasivo seja necessário para restabelecer a saúde do sistema venoso.